Discos Fetiche. Quem não os tem?

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Música, música, essa arte tão versátil, que tem tanto de cultura como de entretenimento. Sons e géneros para todos os gostos, para todos os momentos e situações; canções que nos fazem rir e que nos fazem chorar, que nos trazem boas recordações, que nos reabrem feridas e também canções que simplesmente não nos fazem pensar, libertam-nos de ânsias e preocupações e o seu único propósito é apenas divertir quem as ouve.
Perante toda esta diversidade, podemos seguir um determinado género que seja mais do nosso agrado, mas penso que é uma pena obrigarmo-nos voluntariamente a evitar ouvir coisas diferentes! Por exemplo, eu sou fundamentalmente um amante de Rock pesado dos 70 e de Heavy em geral, mas não me envergonho de ser fã da música que saiu da Motown, de ter uma "tara" pelos ABBA e de dizer que tenho ouvido muito ultimamente, entre outros o "Lungs" da Florence and The Machine.

O objectivo deste artigo é o seguinte: Saber qual é o vosso Disco Fetiche, aquele álbum que, mesmo não pertencendo ao género musical que gostam mais, figura como um dos vossos favoritos e que ouvem bastantes vezes, por muito estranho que isso possa parecer.

O meu Disco Fetiche é o "Rumours" dos Fleetwood Mac.

Não vou maçar-vos a contar a história destes senhores, mas posso dizer-vos perfeitamente como os conheci: no início da década de 90, bem no início, numas férias de verão, a RTP passou uma série de concertos, que na altura gravei em VHS: numa tarde Guns n'Roses (no Ritz 88, não havia ainda Use Your Illusions ), noutra Alice Cooper, noutra Gary Moore (fase Hard Rock ) e no meio, uma banda chamada Fleetwood Mac que não conhecia, mas que adorei a partir de então.

Este disco foi gravado durante o ano de 1976 (quando eu nasci), foi editado em 1977 e até hoje, estima-se que tenha vendido mais de 40 milhões de cópias em todo o mundo! Mas são apenas pormenores. O segredo estava na tripla de compositores (Lindsey Buckingham, Christine mcvie e a Stevie Nicks (ela, no seu tempo, foi uma Deusa, se foi!).

"Dreams", "You can go your own way", "Gold dust woman", "Don´t stop" e a belíssima "Songbird" são apenas exemplos de um disco de Soft-Rock no mínimo, perfeito, bem cantado e bem tocado. O mais incrível é que esta obra-prima foi composta e inspirada pela e durante a separação dos dois casais formados na banda e com muita cocaína no meio. Até a capa do disco e o grafismo do logótipo parecem-me perfeitos!

Imaginem que o CD não me bastou e tentei, sem sucesso, encomendar o vinil na FNAC. Um dia, sem contar, comprei-o por uma pechincha, em bom estado, na Louie-louie de Braga!

Não sei porquê, mas adoro imenso e ouço bastantes vezes este disco em particular!

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