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Beijaço Gay em Amazonas
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Beijaço Gay em Amazonas
Ontem, 17 de maio, o Beijaço Gay, uma das manifestações consoantes ao Dia Internacional da Homofobia, estava previsto a ocorrer em diversas cidades brasileiras. Em Manaus, conforme noticiado aqui neste bloguinho, estava marcado para as 17h, na Pça São Sebastião, que fica em frente ao Teatro Amazonas. Mas a manifestação acabou por ser impedida de ocorrer nesse espaço público por ordem da subsecretária de Cultura do Governo do Estado do Amazonas, alcunhada de dona Mimosa pelos funcionários dessa Secretaria.
No momento em que alguns grupos de homossexuais e aliados chegavam ao local, por volta desse horário, quando a presidente da AAGLT (Associação Amazonense de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais) subiu num pequeno carro de som para começar o ato, funcionários da Secretaria de Cultura, utilizando-se da desculpa fajuta de que o carro não poderia ficar ali perto da cancela de entrada para o Largo São Sebastião, se apressaram em impedir que o carro de som fosse usado, querendo que ele descesse a rua não sei por onde, não sei para onde. Tiveram que ir para outra praça, para a Pça do Congresso.
CONFINAMENTO DO ESPAÇO PÚBLICO
Assim como se vê o preenchimento das funções públicas por clãs familiares, num Estado o próprio espaço é esquadrinhado para servir às exclusões do poder autoritário/despótico. É o que ocorre com os espaços públicos em Manaus pelos atuais Prefeitura e Governo do Estado. É uma tradição secular.
No caso dos homossexuais, não são poucos os políticos profissionais que se aproximam apenas almejando tirar proveito eleitoreiro. Como o movimento LGBT se tornou muito forte do ponto de vista da visibilidade, os governos colocam-no sob a rubrica da inclusão, mas, não nos enganemos, na maioria dos casos, é apenas mais uma forma de controle. Em todos os casos, foi o que este bloguinho viu acontecer ontem à tarde em plena Pça São Sebastião. O espaço público usurpado do povo, servindo apenas como ponto para ‘turistotário’ e simulação de bom gosto para a tíbia e falsa elite manauara ignara. Quanto aos gays, com o poder que a causa LGBT tem hoje, podem ir para onde quiserem, menos para a Pça São Sebastião em Manaus.
O Governo do Estado, tanto com Eduardo “Guerreiro de Sempre” Braga quanto agora, há muito que finge uma política de inclusão para o segmento LGBT, principalmente encabeçado pelo Centro de Referência e Combate à Homofobia “Adamor Guedes”, ligado diretamente à Secretaria de de Estado de Justiça e Direitos Humanos (SEJUS). Será que a Dra. Michelle Vitória Custódio, coordenadora do Centro, irá cobrar de seus parceiros Lélio Lauria, secretário de Justiça, e Robério Braga, secretário de Cultura, uma explicação pela homofobia praticada contra a manifestação livre e democrática organizada por entidades LGBTs do Amazonas e prevista a ocorrer na Pça São Sebastião?
A INÉRCIA DO MOVIMENTO LGBT EM MANAUS
Era aí para ter ocorrido o evento, quando se sabe, desde Castro Alves, que “a praça é do povo”. Principalmente quando se sabe que São Sebastião é considerado o padroeiro dos homossexuais. Mas não vamos apenas do lado de lá. É preciso discutir a questão aqui pra nós.
Todos sabemos que há uma dificuldade da qual muitas entidades reclamam: de que é muito fácil botar milhares numa parada gay e muito difícil, e isso não somente em Manaus, de reunir um grupo com um número razoável de homossexuais para discutir políticas LGBTs. Isso ocorre por que é muito mais fácil, quando se está apenas interessado apenas numa dissipação individual de conflitos particulares interiores, amar no casal e na família, descolar um parceiro, uma parceira, participar do espetáculo, do que se envolver num debate de ideias. A política é coletiva e ocorre lá fora. Por isso muitos casais gays acabam muitas vezes por repetir os mesmos códigos do casamento cristão-burguês.
O fato é que, em Manaus, mesmo as entidades reconhecidas e que tem uma atuação indiscutível, às vezes não se dão conta de seus poderes e da importância em tomar posição. Um exemplo foi a homofobia institucional sofrida ontem na Pça São Sebastião, quando as entidades presentes se limitaram a fazer um pequeno discurso de desabafo e saíram, escorraçados para a outra praça. Apenas a Associação Filosofia Itinerante – AFIN, da qual este bloguinho é vetor virtualizante, foi até os representantes da Secretaria de Cultura discutir pra valer a questão da homofobia praticada pelo Governo do Estado do Amazonas.
Para isso, não eram necessárias muitas pessoas, apenas argumentos rápidos e inteligentes. Sobretudo, não era para terem saído dessa forma. Parece que as entidades LGBTs no Amazonas ainda não percebem a exata extensão de sua luta.
Hoje, a maioria das pessoas que se aproxima da causa LGBT, inclusive certos governos, inúmeros parlamentares, necessitam mais dos gays do que estes deles. É por esse mesmo motivo que encontramos também algumas pessoas no meio do movimento LGBT que não tem nada a ver com suas causas, a não ser aproveitar-se da visibilidade que lhe será proporcionada.
Mas, com tudo isso, embora a homofobia do Governo do Estado, vários casais de homossexuais, lésbicas, heterossexuais, enfim, numa explosão das identidades da sexualidade e dos controles do corpo e da alma, o Beijaço ocorreu lá na Pça do Congresso.
Aí conversamos com diversas pessoas, entre elas, Diego Lima, presidente da ULGBT (União de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais), que falou da importância desse Beijaço, fazendo parte das manifestações no Dia Mundial de Combate à Homofobia, que em Manaus está com o lema “Quebrando Barreiras”. “Hoje o movimento está melhor, mais aberto”, disse ele, salientando as diversas lutas LGBTs atuais, como pela união civil estável, adoção por homossexuais, nome social para travestis, etc.
Também a morena loira Bruna La Close, presidente da AAGLT (Associação Amazonense de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais), falou da importância de se levantar a bandeira do movimento, afirmando que estava acontecendo aquele “Beijaço pela cidadania” como uma forma de que a sociedade “não pode mais fingir que não nos vê ou nos vê com preconceito”. Bruna resumiu também as atividades da associação, como audiências públicas marcadas, assim como a Pré-Parada e a Pré-Parada Gay desse ano, que devem ocorrer em agosto e setembro, respectivamente. Vamos ver como é que vai ficar esse anos. Se será na rua, o lugar por excelência da política, ou se vai ficar confinado no Sambódromo, como ditou o prefeito cassado Amazonino ano passado.
E por aí, sobre o arco-íris colorido, depois dos discursos abertos no carro de som, os afetos amorosos-políticos envolveram os corpos no Beijaço coletivo contra a homofobia, contra o medo, a incompreensão, a passividade, contra toda forma de cerceamento ao movimento livre LGBT…
Fonte: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
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