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A bola fora da seleção
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A bola fora da seleção
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“É difícil estar em uma Copa do Mundo com uma bola desta. Esta bola é como uma patricinha, não quer ser chutada. Já a outra é que nem mulher de malandro, está sempre ali”, declarou um atacante da seleção brasileira ontem.
A ausência do autor da frase é intencional: acredito, de fato, que qualquer um do time poderia tê-la dito. Primeiro porque o machismo está bem vivo e forte em nossa sociedade, como tento cotidianamente alertar neste blog. Segundo porque a violência doméstica é uma realidade em nosso país e, portanto, dizer que alguma mulher apanha ou ameaçar “sentar a bolacha” nela não é exatamente novidade – de acordo com a Organização Mundial da Saúde, a cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil.
E, por fim, o que me parece tão grave quanto as duas primeiras questões: nossos jogadores de futebol não tem qualquer formação e não são sensibilizados para lidar com o politicamente correto e muito menos com a desigualdade de gênero.
Para começar do começo, como se diz, lhes falta uma educação básica, abandonada desde cedo em prol da carreira, e que poderia ser um passo inicial para enxergar de maneira diferente essas disparidades sociais. Não quero generalizar, claro, mas isso é o que acontece com a maioria. Por mais que não seja a intenção do atleta, sem o estímulo do clube que tem o seu passe é praticamente impossível estudar e jogar futebol profissional ao mesmo tempo.
Já havia mencionado aqui um Projeto de Lei proposto pelo deputado estadual Raul Marcelo (PSOL-SP) que obriga os clubes oficiais de futebol paulistas a garantir a matrícula e o acompanhamento escolar de todos os atletas menores de 18 anos. A idéia, excelente, englobaria todas as agremiações que participam de competições organizadas pela Federação Paulista de Futebol (FPF). Obviamente os clubes não aceitaram e pressionaram para que a lei não fosse sancionada. Disseram que era uma regra impossível de cumprir e que não tinham estrutura para tal empreitada – ahã.
Concordo com a análise feita pelo jornalista Juca Kfouri sobre a situação: o fato é que não interessa aos cartolas terem jogadores cada vez mais articulados, que lutem pelos seus direitos no mundo milionário das transferências para a Europa. E não se trata de ser um país subdesenvolvido. Juca lembra que, na Argentina, quando um jogador da quarta divisão não recebe seu salário, a primeira divisão pára. Sentimento de classe, corporativismo, podemos chamar do que quisermos: só sei que isso não existe no Brasil.
Não quero, por fim, transformar esse jogador em exemplo de todo o machismo que existe, mas é impossível ignorar sua posição de personalidade pública, de referência para milhares de cidadãos que torcerão pelo Brasil na Copa do Mundo. E sendo assim, tudo o que ele fala – especialmente a poucos dias do mundial –surte efeito.
Ah, Luis Fabiano, essa foi realmente a única forma de descrever a jabulani que você encontrou? Não poderia simplesmente ter dito que a tal bola era “uma porcaria”, como o Julio Cesar?
Tremenda bola fora desse ser.
Re: A bola fora da seleção
Que animal!
Como a autora do texto comenta, não creio que seja intencional, acho que ele sequer tem noção do que falou - o que é pior!
Como a autora do texto comenta, não creio que seja intencional, acho que ele sequer tem noção do que falou - o que é pior!
Carlos- Diplomata
-
Primaveras : 44
Mensagens : 252
Re: A bola fora da seleção
Poxa gente, é dificil generalizar...
Não quero defender nenhum lado, mas gostaria de ressaltar que devemos ser convenientes ao ponto de concordar sim, que existe mulheres com ele declarou "mulher de malandro"... assim como também existem homens assim. #fato
Não quero defender nenhum lado, mas gostaria de ressaltar que devemos ser convenientes ao ponto de concordar sim, que existe mulheres com ele declarou "mulher de malandro"... assim como também existem homens assim. #fato
Re: A bola fora da seleção
O que seria uma mulher de malandro para você, Kolseuvis?
Acha que mulher que apanha de marido e continua com ele é por gostar de apanhar?
Talvez você devesse saber mais sobre o psicológico dessas mulheres para compreender que ninguém está nessa situação por gostar e sim por achar que merece, ou por não ver saída, por já está psicologicamente tão afetada que essa relação é tudo que ela conhece e não consegue perceber outra vida além dessa. Além do que, a maioria das pessoas dentro da cultura machista acha que mulher que apanha do marido faz por merecer por ter escolhido mal, ou seja, a vítima vira a culpada e ninguém se sensibiliza com a situação dela, ao ponto de dizer que ela é "mulher de malandro e gosta".
Não percebe que os homens que agridem mulheres usam isso como desculpa para continuarem agredindo impunemente?
É o mesmo que dizer que uma pessoa com carro importado que foi assaltada em um bairro pobre merecia porque não tinha nada que andar de carro importado perto de favela. A vítima vira culpada, qual é a lógica nisso?
Eu não vejo, maridos que submetem suas esposas a agressões, não o fazem apenas fisicamente, mas também psicologicamente, ao ponto delas acreditarem que têm o que merecem e então elas se conformam, mas ninguém merece isso.
É a mesma coisa com uma pessoa drogada, não é porque foi escolha dela se drogar, e ter perdido o controle e se viciado, que a gente vai dizer que ela merece morrer de overdose e que ninguém tem nada com isso.
Você acha que todo viciado merece morrer de overdose por ter se viciado?
Acha que uma pessoa que trabalhou e conseguiu comprar um carro, ou um celular caro, seja lá o que for, e estiver em um ônibus ou com o carro perto de uma favela, e for roubado, merecerá isso?
Certamente acha que não merecem, certamente você as vê como vítima.
Por que que com uma mulher que apanha do marido e não o larga é diferente?
Agora, se você acha que a pessoa roubada foi culpada, que o viciado que morreu de overdose teve o que merecia, então não tenho nada a dizer por você achar que existem "mulher de malandro" - que elas estão nisso porque gostam.
Além do mais, tem um outro ponto, mesmo considerando que a mulher goste disso, de apanhar, não dá o direito de alguém fazê-lo, ser agressor, essa pessoa continua cometendo crime. Ou o ladrão deixa de ser ladrão e o traficante deixa de ser traficante?
Acha que mulher que apanha de marido e continua com ele é por gostar de apanhar?
Talvez você devesse saber mais sobre o psicológico dessas mulheres para compreender que ninguém está nessa situação por gostar e sim por achar que merece, ou por não ver saída, por já está psicologicamente tão afetada que essa relação é tudo que ela conhece e não consegue perceber outra vida além dessa. Além do que, a maioria das pessoas dentro da cultura machista acha que mulher que apanha do marido faz por merecer por ter escolhido mal, ou seja, a vítima vira a culpada e ninguém se sensibiliza com a situação dela, ao ponto de dizer que ela é "mulher de malandro e gosta".
Não percebe que os homens que agridem mulheres usam isso como desculpa para continuarem agredindo impunemente?
É o mesmo que dizer que uma pessoa com carro importado que foi assaltada em um bairro pobre merecia porque não tinha nada que andar de carro importado perto de favela. A vítima vira culpada, qual é a lógica nisso?
Eu não vejo, maridos que submetem suas esposas a agressões, não o fazem apenas fisicamente, mas também psicologicamente, ao ponto delas acreditarem que têm o que merecem e então elas se conformam, mas ninguém merece isso.
É a mesma coisa com uma pessoa drogada, não é porque foi escolha dela se drogar, e ter perdido o controle e se viciado, que a gente vai dizer que ela merece morrer de overdose e que ninguém tem nada com isso.
Você acha que todo viciado merece morrer de overdose por ter se viciado?
Acha que uma pessoa que trabalhou e conseguiu comprar um carro, ou um celular caro, seja lá o que for, e estiver em um ônibus ou com o carro perto de uma favela, e for roubado, merecerá isso?
Certamente acha que não merecem, certamente você as vê como vítima.
Por que que com uma mulher que apanha do marido e não o larga é diferente?
Agora, se você acha que a pessoa roubada foi culpada, que o viciado que morreu de overdose teve o que merecia, então não tenho nada a dizer por você achar que existem "mulher de malandro" - que elas estão nisso porque gostam.
Além do mais, tem um outro ponto, mesmo considerando que a mulher goste disso, de apanhar, não dá o direito de alguém fazê-lo, ser agressor, essa pessoa continua cometendo crime. Ou o ladrão deixa de ser ladrão e o traficante deixa de ser traficante?
Re: A bola fora da seleção
Sábias palavras, Daniela.
Vejo muito isso, gente culpando vítimas de assalto por estarem no local errado ou na hora errada, por terem dinheiro etc.
como também vejo muita gente culpando as vítimas de estupro e agressão, como se elas pedissem por isso, como se elas estarem de roupa curta justificasse o estuprador, uma licença para estuprar. como se uma mulher frágil psicologicamente que aceitasse as porradas recebidos por parte do parceiro, legitimasse a atitude do agressor, o tornasse legal - afinal, ele dá o que ela quer.
Absurdo total!
Nosso atacante foi infeliz em suas palavras e só demonstra como vamos mal no quesito consciência social e educação.
Vejo muito isso, gente culpando vítimas de assalto por estarem no local errado ou na hora errada, por terem dinheiro etc.
como também vejo muita gente culpando as vítimas de estupro e agressão, como se elas pedissem por isso, como se elas estarem de roupa curta justificasse o estuprador, uma licença para estuprar. como se uma mulher frágil psicologicamente que aceitasse as porradas recebidos por parte do parceiro, legitimasse a atitude do agressor, o tornasse legal - afinal, ele dá o que ela quer.
Absurdo total!
Nosso atacante foi infeliz em suas palavras e só demonstra como vamos mal no quesito consciência social e educação.
Doutor do sexo- Estagiário
-
Primaveras : 53
Mensagens : 135
Re: A bola fora da seleção
Acho que misturaram tudo!
Não falei sobre assalto, e muito menos sobre mulheres em situações sem saída.
Disse bem claro que existem pessoas realmente se acomodam e não veem o porque sair de determinadas situações. Existem homens que se acomodam assim como existe mulheres que se acomodam. Simples assim.
Não falei sobre assalto, e muito menos sobre mulheres em situações sem saída.
Disse bem claro que existem pessoas realmente se acomodam e não veem o porque sair de determinadas situações. Existem homens que se acomodam assim como existe mulheres que se acomodam. Simples assim.
Re: A bola fora da seleção
Pelo que entendi, ele dividiu as mulheres em tipos, as que não gostam de apanhar que ele chamou de patricinha e as que gostam que são 'mulher de malandro' e eu não achei legal nao, nao acho que mulher que fica com homem violento quer apanhar e gosta disso.
Novato- Notificador
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Primaveras : 32
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