Descanse, não é preciso ter já "a tal conversa"!

Opinião
A educação sexual é um problema GRANDE para pais, educadores e entidades governamentais. É uma grande responsabilidade para cada um destes intervenientes na educação dos jovens.
Educação sexual tem, junto de muitos, a conotação de estarem a ser os jovens educados para uma sexualidade que não se quer ver despertada. E aparece agora este projecto inglês que propõe o ensino da educação sexual a partir dos cinco anos de idade. Pois, mas não se espante. Isso é o que já todos fazemos, através do nosso comportamento no dia-a-dia, do qual as crianças são excelentes observadoras. "Não lhes escapa nada", não é o que se diz? E é verdade. Educar para a sexualidade é aceitar que as crianças têm um namorado na pré-escola, jardim de infância e que até dão beijinhos. Eles seguem os modelos que vêem, quer em casa, quer em outros lugares. É também não dar demasiada importância e, acima de tudo, não punir.Dizia-me uma vez alguém numa formação para as questões da sexualidade, exactamente no jardim de infância, que tinha dito a duas crianças que se escondiam para dar um beijnho à "namorados" que não deviam fazer isso, que podiam apanhar doenças. É o pior que se pode fazer, associar o amor, carinho, o beijo a algo mau em crianças tão pequenas.
Pais, quando os vosso filhos vos abordarem com uma questão sobre sexualidade nada de entrar em pânico. Nada de pensar, "é agora, vou ter de ter a tal conversa". Não. Eles só querem que responda ao que perguntam e ficam satisfeitos. Ir mais longe nestas pequenas idades não é necessário. Nem eles estão preparados para isso.

Responda o melhor que lhe for possível, sempre com a verdade e depois é vê-los a partir para a próxima brincadeira.

Zélia Parijs, psicóloga

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