[Comportamento] O Sexo Casual

UMA NOITE E NADA MAIS!




Por Marie Lucci
Fonte: Revsita Ouse/ed.4

Para algumas pessoas, o sexo casual ainda é um assunto muito delicado, cercado de inseguranças e tabus. Nem todos estão preparados para se entregar a alguém por uma noite, sem compromisso, carinho ou promessa de uma ligação no dia seguinte. Mas, como agir? O que fazer em uma transa casual? Mesmo os que aderiram a este tipo de relação não conseguem definir um padrão de comportamento para essas ocasiões. É o caso do administrador Gabriel Almeida, de 25 anos, que costuma manter encontros casuais em busca de diversidade. “O que eu mais gosto é poder conhecer pessoas diferentes, que gostam de coisas diferentes na cama. Quando não conheço a menina, tento fazer o que gosto, e se ela não topar, tudo bem, mas as chances de rolar de novo são poucas”, diz.

Para ele, a maior dificuldade mesmo é encontrar uma parceira que não crie expectativas sobre uma ligação ou um novo encontro. “Por mais que a garota seja desencanada, ela sempre espera algo mais. Até hoje, nunca conheci nenhuma que estivesse interessada apenas em sexo”, lembra ele.

Nada de obrigações

Para a estudante Silvana Migliacci, de 27 anos, é muito fácil separar as coisas. “Tenho um cara com quem saio de vez em quando. Nos damos bem na cama e fora dela, mas não temos a obrigação de ficar ligando. Eu prefiro assim. Quando dá vontade, a gente sai”, conta ela, que tem suas próprias regras para este tipo de relação. “Eu nunca divido nem pago a conta do motel. Se saio com um cara novo e gosto da transa, sou carinhosa e curto ficar na cama depois, mas se não gosto, dou um jeito de ir embora rapidinho”, diz.

Encontrar uma mulher interessada apenas em sexo é uma tarefa complicada. Já encontrar um homem a fim de uma noite de prazer e só, é muito mais fácil. Para o psicólogo Paulo Tessarioli, isso acontece porque homem e mulher são diferentes no ponto de vista sócio-histórico. “O homem aprendeu a separar o amor do sexo, enquanto a mulher é influenciada por questões do passado, precisando estar vinculada à  gura de alguém”, acredita. Para ele, a mulher ainda está muito sujeita ao julgamento dos outros, enquanto o homem é centrado nele mesmo.

Também deve ter carinho

A lógica do programador João Ricardo Cunha, de 27 anos, define o que pode ser o pensamento da maioria dos homens a respeito do assunto. “Se o sexo é casual, independente do nível de intimidade ou do quanto você gosta da mulher, o que queremos é que ela pense como nós: vamos ali, fazer um negócio e é só isso”, resume. Mas isso não quer dizer que ele veja a mulher apenas como
um objeto sexual. “Posso ser carinhoso e entrar no clima dela e, se ela for bacana, dá até pra levar pra jantar. Mas o ideal seria que ela encarasse o sexo com a mesma naturalidade que eu”, define.

A verdade é que não existe uma regra para o comportamento nesse tipo de relação, mas é importante saber que, para entrar nessa, você precisa abrir mão de alguns sentimentos que são mais comuns às mulheres do que aos homens. “A mulher se emancipou no ponto de vista social, mas na parte emocional e afetiva, não. Ela ainda está em fase de transição e essa sensação de ser única e independente é muito recente. A mulher sabe o que é ser filha, mãe e esposa, mas ainda está construindo esse papel de ser mulher”, defende o Dr. Paulo. Por isso, se você se sente preparada, mergulhe fundo e curta muitas noites de puro prazer.

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