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Mulher que furtou mamadeira é solta
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Mulher que furtou mamadeira é solta
Uma semana de prisão foi o suficiente para mudar o comportamento de Elisângela (nome fictício), presa em flagrante por furtar uma mamadeira, dois pacotes de biscoito e um creme de cabelo. Depois de ganhar liberdade provisória ontem e deixar a Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho do Meio, ela estava arredia e cheia de mágoas - do sistema, da própria vida. Não tinha lágrimas, nem vontade de conversar. Diferentemente da primeira entrevista que deu ao Diario de Pernambuco, evitou falar sobre o flagrante que a separou da filha de apenas três meses por sete dias. Foram momentos difíceis, onde teve que ficar lado a lado com mulheres que cometeram crimes bem piores que o dela, como assassinatos, assaltos, tráfico de drogas.Fonte: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
"Crimes como o dela não oferecem riscos à preservação da ordem pública"
Eduardo Costa, juiz
Acompanhada do pai, Elisângela cruzou o portão da penitenciária por volta do meio-dia com a promessa de nunca mais voltar. Saiu de lá apenas com uma sacola plástica e deixou os demais pertences na colônia penal, com alguns produtos de higiene. Lá, segundo ela, recebeu mais apoio das detentas do que do sistema que se propõe a recuperar. Antes de ser presa em flagrante, aliás, ela ouviu as palavras mais duras de sua vida, da chefe de segurança do supermercado de onde furtou a mamadeira. O furto de uma mamadeira teve o mesmo peso de um assalto ao caixa do supermercado. "Você vai pagar por isso na cadeia", decretou a chefe de segurança. "Foram as detentas que me ajudaram, emprestando roupas e um sapato. Quando cheguei aqui, só tinha uma sandália quebrada e não tinha roupas para trocar", contou a mulher.
Elisângela, que está de licença maternidade de um restaurante onde trabalha há três anos com carteira assinada como auxiliar de cozinha, permaneceu seis dias na sala de triagem, junto com outras 32 presas. Somente na quarta-feira passada foi transferida para uma das celas do pavilhão, onde ficou com outras 15 presas. "Foi horrível. Não consegui dormir à noite", resumiu. Na semana passada, quando conversou com o Diariopela primeira vez, ela contou que roubou porque queria dar a mamadeira para a bebê de três meses e o creme para a filha de 10 anos. "Eu tinha prometido a ela", disse. Ao ser presa, Elisângela tinha apenas R$ 5 no bolso e a soma dos objetos furtados chegava a R$ 28.
Por orientação da advogada Andrezza Pontes, Elisângela foi ontem à tarde na 3ª Vara Criminal de Jaboatão dos Gurarapes, onde tramita seu processo. Tinha pressa, pois no próprio alvará de soltura determinava o prazo de 48 horas para se apresentar à Justiça, sob pena de ter suspensa a liberdade provisória. A autorização da sua saída foi concedida pelo juiz Eduardo Costa, titular da 3ª Vara Criminal daquele município. De acordo com o magistrado, não existia fundamentos para que fosse decretada a prisão preventiva. "Ela não cometeu um crime de alta periculosidade, não oferece nenhum risco para preservação da ordem pública. Diante disso, decidi pela liberdade provisória", frizou.
Mesmo em liberdade, Elisângela continuará respondendo pelo furto dos produtos do supermercado. A advogada Andrezza Pontes acredita que conseguirá reverter a pena de furto simples, que corresponde de um e a quatro anos de reclusão, em pena alternativa. "Não havia sentido deixá-la junto com mulheres acusadas de homicídios e tráfico", comentou. Segundo o Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (Infopen), do Ministério da Justiça, outras 1.974 pessoas cumprem sentença no estado por delitos considerados de pequeno potencial ofensivo, cuja pena máxima é de um ano. Das 1.974 pessoas, 1.176 cometeram furto simples, o mesmo crime que Elisângela.
A matéria serve para discutirmos sobre a forma como a justiça e a penitenciária agem com os criminosos de nosso país.
Nota: a matéria não inocenta a ladra, mas reflexiona sobre a maneira como o caso foi tratado, questiona se a ladra deveria ter sido presa, e não se ela deveria ser responsável por seus atos - pois ela é.
Re: Mulher que furtou mamadeira é solta
No caso de crimes assim, as pessoas deveriam ser processadas e pagariam penas alternativas, somente se fossem reincidentes que deveriam ser presas.
Nosso sistema penitenciário mais ajuda a moldar criminosos do que recuperar, então é um erro prenderem uma pessoa que roubou uma mamadeira.
Deveriam estudar cada caso como único e ver qual medida é melhor para a recuperação do indivíduo.
Nosso sistema penitenciário mais ajuda a moldar criminosos do que recuperar, então é um erro prenderem uma pessoa que roubou uma mamadeira.
Deveriam estudar cada caso como único e ver qual medida é melhor para a recuperação do indivíduo.
Gustavo- Diplomata
-
Primaveras : 42
Mensagens : 202
Re: Mulher que furtou mamadeira é solta
Concordo com o caro Gustavo, cada caso é um caso e deveria ser analisado como tal.
Doutor do sexo- Estagiário
-
Primaveras : 53
Mensagens : 135
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