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Estudantes da UnB promovem passeata e beijaço no câmpus contra a homofobia
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Estudantes da UnB promovem passeata e beijaço no câmpus contra a homofobia
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Centenas de estudantes da Universidade de Brasília (UnB) promoveram nesta quinta-feira (27/5) uma passeata contra a homofobia e o machismo na instituição. Foi uma forma de resposta ao trote realizado pelos veteranos do curso de engenharia civil contra os colegas de arquitetura, na semana passada (20/5), quando calouros e veteranos aproveitaram o momento para gritar frases ofensivas aos colegas da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), alusivas à homoafetividade. "Isso foi a gota d'água que mobilizou todo mundo a lutar contra a homofobia de modo geral", diz o estudante de arquitetura Luiz Eduardo Sarmento, 21 anos, um dos organizadores da passeata.
A concentração ocorreu na entrada do Minhocão Norte, onde os manifestantes pintaram faixas de protesto e começaram uma batucada contra a homofobia. Enquanto isso, o estudante de estatística Pedro de Lima, 23 anos, segurava uma faixa com os dizeres "orgulho hetero". "Essa faixa é para mostrar que a UnB também tem pessoas que não são gays. Acho que eles só estão zoando. Isso é uma bagunça. Eu sou hetero e fico aqui desse lado", explicou.
Por volta das 12h30, eles seguiram para a Faculdade de Tecnologia, onde ficam os cursos de engenharia. Passearam pelos corredores fazendo barulho e pararam em frente ao centro acadêmico (CA) de engenharia civil, onde soltaram gritos de protesto e colaram vários adesivos na porta, com os dizeres "universidade sem homofobia".
Os estudantes que estavam no CA não receberam os manifestantes. Gabriel Morais Roriz, 21, aluno de engenharia civil, não concordou com o ato. "Acho uma palhaçada. A gente tem a nossa opinião e eles têm a deles", afirma. "A gente não tem nada a ver com isso. Eles protestam no nosso CA e ainda picham o ponto de ônibus?", questiona o estudante Gustavo Henrique Lima, 20, referindo-se à pichação feita por um dos manifestantes no ponto de ônibus em frente à faculdade, com a frase: "O Brasil é o país que mais mata LGBTTTs no mundo. Homofobia não é brincadeira".
Beijaço
Em seguida, estenderam bandeiras do movimento LGBTTT no pátio central e repetiram, em coro, palavras de repúdio à opressão e de universidade sem preconceito. De lá, partiram para um beijaço na entrada da faculdade. Valeu tudo: homem com homem, mulher com mulher e homem com mulher. O ato foi presenciado por poucos alunos de engenharia, já que a maioria havia saído para almoçar.
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Participante do beijaço, a estudante de ciências sociais, Livia Aquino, 20 anos, acredita que a demonstração de afeto tem que se tornar pública. "Isso é para ocuparmos os espaços da universidade e mostrarmos que, enquanto tem homofobia, há o outro lado que repudia o preconceito. Não adianta acreditarem que não existem gays. O que queremos é que todo mundo respeite o espaço de todo mundo", explica Lívia.
Para Jefferson Sales, 17 anos, aluno de engenharia civil, a manifestação é válida. "Acho tranquilo. Não sou homofóbico nem nada. Eles têm mais é que assumir a opção deles, mas eles estão querendo pegar o pessoal de engenharia para Cristo. Ninguém é homofóbico, prova disso sou eu."
Ameaça
Na volta da FT, uma estudante, que preferiu não se identificar, recebeu ameaças por telefone de um homem, cujo número era confidencial. Ele dizia saber que a jovem era lésbica e saber onde ela mora. Além de xingá-la, a pessoa afirmou que a estudante "morreria de tanto apanhar". Ela ainda não decidiu se registrará a ocorrência na delegacia.
Para o estudante de arquitetura Luiz Eduardo Sarmento, a ligação demonstra a violência com que os homossexuais são tratados na universidade. "Ficou todo mundo com medo", confessa ele, ao dizer que o telefonema fortalecerá ainda mais a luta constra a homofobia.
Confusão
De volta ao Minhocão, o grupo caminhou até o centro acadêmico de agronomia, curso conhecido por realizar trotes humilhantes. Uma confusão começou quando manifestantes colaram a bandeira do movimento LGBTTTs e adesivos com os dizeres ‘universidade sem homofobia’ na placa que identifica o CA. Pacíficos à passeata, eles consideraram o ato como uma afronta e, além de retiraram a placa da parede, discutiram com os manifestantes.
A manifestação terminou no prédio da reitoria, por volta das 14h, sem conflitos. Com megafone em punho, a estudante de ciências sociais Luiza Oliveira, 20, cobrou uma postura institucional da UnB contra a homofobia.
A decana de assuntos comunitários, Rachel Nunes, afirmou que a administração da universidade está fazendo sua parte. Na quarta-feira, Rachel se reuniu com estudantes, professores e coordenador do curso de engenharia civil para discutir o trote homofóbico da última quinta-feira. A decana ficou de mandar uma cartilha de combate ao trote violento, que será divulgada em toda a Faculdade de Tecnologia. A ideia é também encaminhar o material a todos os centros acadêmicos da UnB.
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