Jovens ativistas reunidos em Viena querem ter mais poder de decisão no Fundo Global

Líderes juvenis de diferentes partes do mundo reivindicaram ao diretor executivo do Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária, Michel Kazatchkine, maior representatividade na implementação, monitoramento e avaliação dos programas do Fundo. A cobrança ocorreu durante a XVIII Conferência Internacional de Aids, em debate realizado entre os jovens e diferentes lideranças mundiais.

O Fundo Global é uma instituição financeira criada em 2001 para combater as três doenças que mais causavam morte nos países pobres ou em desenvolvimento. A iniciataiva foi do então secretário da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan. A entidade tem um forte histórico de sucesso que inclui o apoio a 2,5 milhões de pessoas em tratamento para aids, prevenção da transmissão vertical do HIV e um número estimado de 4.900 mil vidas salvas. É responsável por cerca de por 40% do financiamento internacional para o tratamento da aids, 70% da tuberculose e mais de 80% da malária.

Michel Kazatchkine declarou que a entidade "é um dos aliados mais importantes que os jovens podem ter". Porém, garantiu aos líderes juvenis maior poder de decisão apenas por meio da ampliação da participação deles nos Mecanismos de Coordenação de País (MCPs). Esses Mecanismos são instâncias colegiadas de caráter consultivo cujos integrantes participam do processo de elaboração e submissão de propostas para financiamento. Atualmente, dos 150 MCPs existentes, 48 contam com representações de jovens.

Autonomia para adolescentes

O diretor executivo do Unicef, Anthony Lake, que também participou do debate, comprometeu-se a promover mudanças legais para que menores de 18 anos possam realizar testes anti-HIV sem o consentimento dos pais. No Brasil, adolescentes a partir de 12 anos de idade já têm essa autonomia.

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